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Permiti-me uma breve digressão, que vem perfeitamente ao caso. Jamais perguntei a nenhum dos que se aproximaram de mim o que pensava em matéria de política: não me interessa! Com essa norma da minha conduta, manifesto-vos uma realidade que está metida no âmago do Opus Dei, a que com a graça e a misericórdia divinas me dediquei completamente, para servir a Igreja Santa. Esse tema não me interessa, porque vós, cristãos, gozais da mais plena liberdade, com a conseqüente responsabilidade pessoal, para intervir como mais vos aprouver em questões de índole política, social, cultural…, sem outros limites que os estabelecidos pelo Magistério da Igreja. Só ficaria preocupado - pelo bem das vossas almas - se saltásseis essas fronteiras, já que teríeis criado uma nítida oposição entre a fé que afirmais professar e as vossas obras, e então eu vo-lo faria notar claramente. Este sacrossanto respeito pelas vossas opções, enquanto não vos afastarem da lei de Deus, não o entendem os que ignoram o verdadeiro conceito da liberdade que Cristo nos ganhou na Cruz - qua libertate Christus nos liberavit, da liberdade com que Cristo nos libertou -, os sectários de um e outro extremo: esses que pretendem impor como dogmas as suas opiniões temporais; ou os que degradam o homem, ao negarem o valor da fé colocando-a à mercê dos erros mais brutais.

Referências da Sagrada Escritura
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