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Voltemos ao Santo Evangelho, e detenhamo-nos no episódio que São Mateus nos relata no capítulo vinte e um. Conta-nos que Jesus, quando regressava à cidade, teve fome e, vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela. Que alegria, Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto ao poço de Sicar! Contemplo-te perfectus Deus, perfectus homo: verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, com carne como a minha. Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, para que eu nunca mais duvidasse de que Ele me compreende, de que me ama.

Teve fome. Sempre que nos cansemos - no trabalho, no estudo, na tarefa apostólica -, sempre que haja cerração no horizonte, então, os olhos em Cristo: em Jesus bom, em Jesus cansado, em Jesus faminto e sedento. Como te fazes compreender, Senhor! Como te fazes amar! Tu te mostras como nós, em tudo menos no pecado, para que saibamos palpavelmente que contigo podemos vencer as nossas más inclinações, as nossas culpas. Que importância têm o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas!… Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta - uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre ao nosso lado - para cumprir a vontade do Pai que está nos céus.

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