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Nunca me cansei, e, com a graça de Deus, nunca me cansarei de falar de oração. Por volta de 1930, quando se aproximavam deste sacerdote, então jovem, pessoas de todas as condições - universitários, operários, sãos e enfermos, ricos e pobres, sacerdotes e leigos -, que procuravam acompanhar o Senhor mais de perto, sempre lhes dava este conselho: Rezem! E se algum deles me respondia: Nem sequer sei como começar, recomendava-lhe que se colocasse na presença do Senhor e lhe manifestasse a sua inquietação, a sua aflição, com essa mesma queixa: Senhor, não sei! E, quantas vezes!, naquelas humildes confidências se concretizava a intimidade com Cristo, uma relação assídua com Ele.

Transcorreram muitos anos, e não conheço outra receita. Quem não se considere preparado, recorra a Jesus, como faziam os seus discípulos: Ensina-nos a orar! Logo verificará como o Espírito Santo ajuda a nossa fraqueza; pois, não sabendo o que havemos de pedir nas nossas orações, nem a forma conveniente de exprimir-nos, o próprio Espírito ora por nós com gemidos inenarráveis, que não se podem contar, porque não há formas adequadas para descrever a sua profundidade.

Que firmeza deve produzir em nós a palavra divina! Não inventava nada quando - ao longo do meu ministério sacerdotal - repetia e repito incansavelmente esse conselho. Foi tirado da Escritura Santa; foi lá que o aprendi: Senhor, não sei dirigir-me a ti! Senhor, ensina-nos a orar! E logo vem toda essa assistência amorosa - luz, fogo, vento impetuoso - do Espírito Santo, que ateia a chama e a torna capaz de provocar incêndios de amor.

Referências da Sagrada Escritura
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