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Nesta urdidura, neste atuar da fé cristã, engastam-se, como jóias, as orações vocais. São fórmulas divinas: Pai Nosso…, Ave-Maria…, Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, essa coroa de louvores a Deus e à nossa Mãe que é o Santo Rosário, e tantas outras aclamações, cheias de piedade, que os nossos irmãos cristãos recitaram desde o princípio.

Santo Agostinho, comentando um versículo do Salmo 85 - Senhor, tem piedade de mim, porque a ti clamei o dia inteiro, e não um dia só -, escreve: Por dia inteiro entende-se aqui o tempo todo, sem cessar . Um só homem chega até o fim dos séculos, pois são todos os membros de Cristo que clamam: alguns já descansam nEle, outros o evocam atualmente e outros hão de implorar-lhe quando nós tivermos morrido; e depois deles outros continuarão a suplicar. Não vos emociona a possibilidade de participar desta homenagem ao Criador, que se perpetua pelos séculos? Como é grande o homem, quando se reconhece criatura predileta de Deus e a Ele recorre, tota die - o dia todo -, em cada instante da sua peregrinação terrena!

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