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Ego quasi vitis fructificavi… Como a vide, lancei troncos de agradável olor, e as minhas flores deram frutos saborosos e ricos. É o que lemos na Epístola. Que essa suavidade de odor, que é a devoção à nossa Mãe, aflua à nossa alma e à alma de todos os cristãos, e nos leve à mais completa confiança em quem vela sempre por nós.

Eu sou a Mãe do amor formoso, do temor, da ciência e da santa esperança. Lições que Santa Maria nos recorda hoje. Lição de amor formoso, de vida limpa, de um coração sensível e apaixonado, para que aprendamos a ser fiéis ao serviço da Igreja. Não é este um amor qualquer: é o Amor. Aqui não ocorrem traições, nem cálculos, nem esquecimentos. Um amor formoso, porque tem por princípio e por fim o Deus três vezes Santo, que é toda a Formosura, toda a Bondade e toda a Grandeza.

Mas fala-se também de temor. Não concebo outro temor a não ser o de nos afastarmos do Amor. Porque Deus Nosso Senhor não nos quer pusilânimes, timoratos, ou com uma entrega anódina. Precisa de nos ver audazes, valentes, delicados. O temor que o texto sagrado nos recorda traz-nos à cabeça aquela outra queixa da Escritura: Procurei o amado da minha alma; procurei-o e não o achei.

Isto pode acontecer se o homem não compreende até o fundo o que significa amar a Deus. Ocorre então que o coração se deixa arrastar por coisas que não conduzem ao Senhor. E, como conseqüência, perdemo-lo de vista. Outras vezes, talvez seja o Senhor quem se esconde: Ele sabe por quê. Anima-nos então a procurá-lo com mais ardor e, quando o descobrimos, exclamamos jubilosos: Apanhei-o e não mais o soltarei.

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