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Eu vos livrarei do cativeiro, estejais onde estiverdes. Livramo-nos da escravidão pela oração: sabemo-nos livres, voando num epitalâmio de alma apaixonada, num cântico de amor, que nos impele a não desejar afastar-nos de Deus. Um novo modo de andar na terra, um modo divino, sobrenatural, maravilhoso. Recordando tantos escritores castelhanos quinhentistas, talvez nos agrade saborear isto por nossa conta: Vivo porque não vivo; é Cristo que vive em mim!*

Aceita-se com gosto a necessidade de trabalhar neste mundo durante muitos anos, porque Jesus tem poucos amigos cá em baixo. Não recusemos a obrigação de viver, de gastar-nos - bem espremidos - a serviço de Deus e da Igreja. Desta maneira, em liberdade: in libertatem gloriae filiorum Dei, qua libertate Christusnos liberavit; com a liberdade dos filhos de Deus, que Jesus Cristo nos conquistou morrendo sobre o madeiro da Cruz.

(*) Alusão, entre outras, ao poema de Santa Teresa: Vivo sin vivir en mí (N. do T.)

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