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Se meditarmos com sentido espiritual no texto de São Paulo que citei no começo, compreenderemos que não temos outro jeito senão trabalhar a serviço de todas as almas. O contrário seria egoísmo. Um olhar humilde sobre a nossa vida nos faz perceber claramente que o Senhor, além da graça da fé, nos concedeu talentos e qualidades. Nenhum de nós é um exemplar repetido: o nosso Pai criou-nos um a um, distribuindo entre os seus filhos um número diverso de bens. Temos que pôr esses talentos, essas qualidades, a serviço de todos; temos que utilizar esses dons de Deus como instrumentos para ajudar os homens a descobrir Cristo.
Não consideremos este anseio como algo acrescentado, como se se tratasse de orlar com filigrana a nossa condição de cristãos. Se a levedura não fermenta, apodrece. Pode desaparecer reavivando a massa; mas pode também desaparecer por se perder, num monumento à ineficácia e ao egoísmo. Não prestamos um favor a Deus Nosso Senhor quando o damos a conhecer aos outros: Se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar, pois é uma necessidade que me é imposta, a mandado de Jesus Cristo, e ai de mim se não evangelizar!
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/amigos-de-dios/258/ (27/04/2024)