Lista de pontos
Com esse ar de auto-suficiência, tornas-te aborrecido e antipático, cais no ridículo e, o que é pior, tiras eficácia ao teu trabalho de apóstolo.
Não esqueças que até os “medíocres” podem pecar por demasiado sábios.
Disseram-me que tens “graça”, “jeito”, para atrair almas ao teu caminho.
Agradece a Deus esse dom: ser instrumento para procurar instrumentos!
Essa é boa! Mete-o a ridículo! - Diz-lhe que está fora de moda; parece mentira que ainda haja gente obstinada em pensar que é bom meio de locomoção a diligência… - Isto, para os que renovam voltairianismos de peruca empoada, ou liberalismos desacreditados do século XIX.
Oxalá que, convivendo contigo, não se possa exclamar o que, com bastante razão, gritava determinada pessoa: “De honrados estou até aqui…” E tocava no cocuruto da cabeça.
No trabalho apostólico, não se pode perdoar a desobediência nem a duplicidade. - Tem em conta que simplicidade não é imprudência nem indiscrição.
Acaba com esse “ar de auto-suficiência” que isola da tua as almas que se aproximam de ti. - Procura escutar. E fala com simplicidade. Só assim crescerá em extensão e fecundidade o teu trabalho de apóstolo.
Essas palavras que tão a tempo deixas cair ao ouvido do amigo que vacila; a conversa orientadora que soubeste provocar oportunamente; e o conselho profissional que melhora o seu trabalho universitário; e a discreta indiscrição que te faz sugerir-lhe imprevistos horizontes de zelo… Tudo isso é “apostolado da confidência”.
“Apostolado do almoço”. É a velha hospitalidade dos Patriarcas, com o calor fraternal de Betânia. - Quando se pratica, parece que se entrevê Jesus presidindo, como em casa de Lázaro.
Urge recristianizar as festas e os costumes populares. - Urge evitar que os espetáculos públicos se vejam nesta disjuntiva: ou piegas ou pagãos.
Pede ao Senhor que haja quem trabalhe nessa tarefa urgente, a que podemos chamar “apostolado da diversão”.
Do “apostolado epistolar” me fazes um bom panegírico. - Escreves: “Não sei como encher o papel falando de coisas que possam ser úteis a quem recebe a carta. Quando começo, digo ao meu Anjo da Guarda que, se escrevo, é com o fim de que sirva para alguma coisa. E mesmo que só diga bobagens, ninguém me pode tirar - nem tirar a ele - o tempo que passei pedindo o que sei que mais necessita a alma daquele a quem vai dirigida a minha carta”.
É condição humana ter em pouco o que pouco custa. - Esta é a razão por que te aconselho o “apostolado de não-dar”.
Nunca deixes de cobrar o que for eqüitativo e razoável pelo exercício da tua profissão, se a tua profissão é o instrumento do teu apostolado.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/book-subject/camino/30847/ (08/05/2024)