Lista de pontos
Senhor, que a partir de agora eu seja outro: que não seja “eu”, mas “aquele” que Tu desejas.
- Que não te negue nada do que me peças. Que saiba orar. Que saiba sofrer. Que nada me preocupe, a não ser a tua glória. Que sinta a tua presença continuamente.
- Que ame o Pai. Que te deseje a Ti, meu Jesus, numa permanente Comunhão. Que o Espírito Santo me inflame.
Tens que dar voltas, na tua cabeça e na tua alma, a este pensamento: - Senhor, quantas vezes, caído, me levantaste e, perdoado, me abraçaste contra o teu Coração!
Dá voltas a isso…, e não te separes dEle nunca jamais.
Tão perto de Cristo, tantos anos, e… tão pecador!
- A intimidade de Jesus contigo não te arranca soluços?
A vida de Jesus Cristo, se Lhe somos fiéis, repete-se de alguma maneira na de cada um de nós, tanto no seu processo interno - na santificação - como na conduta externa.
- Agradece-Lhe a sua bondade.
Escuta dos lábios de Jesus aquela parábola que São João relata no seu Evangelho: "Ego sum vitis, vos palmites" - Eu sou a videira; vós, os ramos.
Já tens na imaginação, no entendimento, a parábola inteira. E vês que um ramo separado da cepa, da videira, não serve para nada, não se encherá de fruto, correrá a sorte de uma vara seca, que será pisada pelos homens ou pelos animais, ou que será lançada ao fogo…
- Tu és o ramo: deduz todas as conseqüências.
Quando te vires atribulado…, e também na hora do triunfo, repete: - Senhor, não me largues, não me deixes, ajuda-me como a uma criatura inexperiente, leva-me sempre pela tua mão!
Se verdadeiramente desejas que o teu coração reaja de um modo seguro, eu te aconselho a meter-te numa Chaga do Senhor: assim O tratarás de perto, grudar-te-ás nEle, sentirás palpitar o seu Coração…, e O seguirás em tudo o que te peça.
A oração é indubitavelmente o “tira-pesares” dos que amamos a Jesus.
A Cruz simboliza a vida do apóstolo de Cristo, com um vigor e uma verdade que encantam a alma e o corpo, ainda que às vezes custe e se note o peso.
Compreendo que, por Amor, desejes padecer com Cristo: interpor as tuas costas entre Ele e os algozes que O açoitam; oferecer a tua cabeça, e não a dEle, aos espinhos; e os teus pés e as tuas mãos, aos pregos; …ou, pelo menos, acompanhar a nossa Mãe Santa Maria, no Calvário, e acusar-te de deicida pelos teus pecados…, e sofrer e amar.
Propus-me freqüentar mais o Paráclito e pedir-Lhe as suas luzes, disseste-me.
- Muito bem: mas lembra-te, filho, de que o Espírito Santo é fruto da Cruz.
O amor saboroso, que torna feliz a alma, está baseado na dor: não é possível amor sem renúncia.
Encontrar a Cruz é encontrar Cristo.
Jesus, que o teu Sangue de Deus penetre nas minhas veias, para fazer-me viver, em cada instante, a generosidade da Cruz.
Perante Jesus morto na Cruz, faz oração, para que a Vida e a Morte de Cristo sejam o modelo e o estímulo da tua vida e da tua resposta à Vontade divina.
Lembra-te disto na hora da dor ou da expiação: a Cruz é o sinal de Cristo Redentor. Deixou de ser o símbolo do mal para ser o sinal da vitória.
Tens que pôr, entre os ingredientes da comida, o “riquíssimo” da mortificação.
Não é espírito de penitência fazer nuns dias grandes mortificações, e abandoná-las em outros.
- Espírito de penitência significa saber vencer-se todos os dias, oferecendo a Deus coisas - grandes e pequenas - por amor e sem espetáculo.
Se unirmos as nossas ninharias - as insignificantes e as grandes contrariedades - aos grandes sofrimentos do Senhor-Vítima - a única Vítima é Ele! -, aumentará o seu valor, tornar-se-ão um tesouro e, então, tomaremos com gosto, com garbo, a Cruz de Cristo.
- E não haverá assim pena alguma que não se vença com rapidez; e não haverá nada nem ninguém que nos tire a paz e a alegria.
Para seres apóstolo, tens que levar em ti - como ensina São Paulo - Cristo crucificado.
É verdade! A Santa Cruz traz às nossas vidas a confirmação inequívoca de que somos de Cristo.
A Cruz não é a pena, nem o desgosto, nem a amargura… É o madeiro santo onde triunfa Jesus Cristo…, e onde triunfamos nós, quando recebemos com alegria e generosamente o que Ele nos envia.
Após o Santo Sacrifício, percebeste como da tua Fé e do teu Amor - da tua penitência, da tua oração e da tua atividade - dependem em boa parte a perseverança dos teus e, por vezes, até a sua vida terrena.
- Bendita Cruz, que carregamos o meu Senhor Jesus - Ele -, e tu, e eu!
Õ Jesus, quero ser uma fogueira de loucura de Amor! Quero que já só a minha presença seja bastante para incendiar o mundo, em muitos quilômetros à volta, com um incêndio inextinguível. Quero saber que sou teu. Depois, que venha a Cruz…
- Magnífico caminho! Sofrer, amar e crer.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/book-subject/forja/30807/ (03/05/2024)