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Certa vez, ouvi comentar a um leviano que a experiência dos tropeços serve para voltar a cair cem vezes no mesmo erro. Eu vos digo, no entanto, que uma pessoa prudente aproveita esses reveses para ficar escarmentada, para aprender a praticar o bem, para se renovar na decisão de ser mais santa.

Da experiência dos vossos fracassos e triunfos no serviço de Deus, tirai sempre, com o crescimento no amor, um gosto mais firme por prosseguir no cumprimento dos vossos deveres e direitos de cidadãos cristãos, custe o que custar: sem covardias, sem nos esquivarmos nem à honra nem à responsabilidade, sem nos assustarmos com as reações que se formem ao nosso redor - provenientes talvez de falsos irmãos -, quando nobre e lealmente lutamos por promover a glória de Deus e o bem dos outros.

Portanto, temos que ser prudentes. Para quê? Para sermos justos, para vivermos a caridade, para servirmos eficazmente a Deus e a todas as almas. Com muita razão se chamou à prudência genitrix virtutum, mãe das virtudes, e também auriga virtutum, condutora de todos os hábitos bons.

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