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Esta foi sempre a fé segura. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema.

A história conservou-nos testemunhos da alegria com que os cristãos acolheram essas decisões claras, nítidas, que reafirmavam aquilo em que todos acreditavam: O povo inteiro da cidade de Éfeso permaneceu ansioso à espera da resolução, desde as primeiras horas da manhã até a noite . Quando se soube que o autor das blasfêmias fora deposto, todos a uma só voz começamos a glorificar a Deus e a aclamar o Sínodo, porque caíra o inimigo da fé. Logo que saímos da igreja, fomos acompanhados com tochas até nossas casas. Era noite: toda a cidade estava alegre e iluminada. Assim escreve São Cirilo, e não posso negar que, mesmo à distância de dezesseis séculos, essa reação de piedade me impressiona profundamente.

Queira Deus Nosso Senhor que esta mesma fé arda em nossos corações e que se levante dos nossos lábios um cântico de ação de graças porque a Trindade Santíssima, escolhendo Maria como Mãe de Cristo, de um Homem como nós, nos colocou a cada um sob o seu manto maternal. É Mãe de Deus e Mãe nossa.

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