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Cristo vive no cristão. A fé diz-nos que o homem em estado de graça se encontra endeusado. Somos homens e mulheres, não anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias. Mas a divinização repercute no homem inteiro, como uma antecipação da ressurreição gloriosa. Cristo ressuscitou dentre os mortos e constituiu-se como primícias dos defuntos; porque, assim como por um homem veio a morte, por um homem devia vir a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados.

A vida de Cristo é a nossa vida, conforme Jesus prometera aos seus Apóstolos na Última Ceia: Todo aquele que me ama observa os meus mandamentos, e meu Pai o amará, e viremos a ele, e nele faremos a nossa morada. O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo, tornando próprios os sentimentos de Cristo, de tal maneira que possa exclamar com São Paulo: Non vivo ego, vivit vero in me Christus , não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim.

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