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Os que seguiram a Jesus Cristo comigo, pobre pecador, são: uma pequena percentagem de sacerdotes, que anteriormente exerciam uma profissão ou um ofício laical; um grande número de sacerdotes seculares de muitas dioceses do mundo — que assim confirmaram sua obediência aos respectivos Bispos e seu amor à diocese e a eficácia de seu trabalho diocesano — , sempre com os braços abertos em cruz para todas as almas lhes caberem no coração, e que estão como eu no meio da rua, no mundo, e o amam; e a grande multidão formada por homens e por mulheres — de diversas nações, de diversas línguas, de diversas raças — que vivem de seu trabalho profissional, casados a maior parte deles, solteiros muitos outros, e que, ao lado de seus concidadãos , tomam parte na grave tarefa de tornar mais humana e mais justa a sociedade temporal: na nobre lide dos afãs diários, com responsabilidade pessoal — repito — , experimentando com os outros homens, lado a lado, êxitos e malogros, tratando de cumprir seus deveres e de exercer seus direitos sociais e cívicos. E tudo com naturalidade, como qualquer cristão consciente , sem mentalidade de gente seleta, fundidos na massa de seus colegas, enquanto procuram descobrir os fulgores divinos que reverberam nas realidades mais vulgares.

Também as obras promovidas pelo Opus Dei, como associação, têm essas características eminentemente seculares: não são obras eclesiásticas. Não gozam de nenhuma representação oficial da Sagrada Hierarquia da Igreja. São obras de promoção humana, cultural, social, realizadas por cidadãos, que procuram iluminá-las com as luzes do Evangelho e caldeá-las com o amor de Cristo. Um dado que pode exprimir isto com mais clareza: O Opus Dei, por exemplo, não tem nem terá jamais como missão dirigir Seminários diocesanos, onde os Bispos, instituídos pelo Espírito Santo, preparam seus futuros sacerdotes.

Referências da Sagrada Escritura
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