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Considerando que há sócios do Opus Dei nas mais diversas camadas da sociedade e que alguns deles trabalham ou dirigem empresas ou grupos de certa importância, pode-se pensar que o Opus Dei procura coordenar essas atividades de acordo com uma linha política, econômica, etc.?

De maneira nenhuma. O Opus Dei não intervém para nada em política; é absolutamente alheio a qualquer tendência, grupo ou regime político, econômico, cultural ou ideológico. Seus fins — repito — são exclusivamente espirituais e apostólicos. De seus sócios exige apenas que vivam cristãmente, que se esforcem por ajustar suas vidas ao ideal do Evangelho. Não se imiscui, pois, de maneira nenhuma nas questões temporais.

Se alguém não entender isto, talvez seja porque não compreende a liberdade pessoal ou não consegue distinguir entre os fins exclusivamente espirituais que levam os sócios da obra a associar-se e o vastíssimo campo das atividades humanas — a economia, a política, a cultura, a arte, a filosofia, etc. — em que os sócios do Opus Dei gozam de plena liberdade e trabalham sob a sua própria responsabilidade.

Desde os seus primeiros contactos com a obra, todos os sócios conhecem bem a realidade da sua liberdade individual, de modo que se em algum caso um deles tentasse pressionar os outros, impondo suas próprias opiniões em matéria política, ou servir-se deles para interesses humanos, os outros se insurgiriam e o expulsariam imediatamente.

O respeito à liberdade de seus sócios é condição essencial para a própria existência do Opus Dei. Sem isso, ninguém viria à Obra. Mais ainda: se alguma vez ocorresse — não aconteceu,, não acontece e, com a ajuda de Deus, não acontecerá nunca — uma intromissão do Opus Dei na política ou em algum outro campo das atividades humanas, o primeiro inimigo da Obra seria eu.

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