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Convencidos de que Deus se encontra em toda a parte, cultivamos os campos louvando o Senhor, sulcamos os mares e exercemos todos os demais ofícios cantando as suas misericórdias. Desta maneira estamos unidos a Deus a todo o momento. Mesmo que vos encontreis isolados, fora do vosso ambiente habitual - como aqueles rapazes nas trincheiras -, vivereis metidos no Senhor, através desse trabalho pessoal e esforçado, contínuo, que tereis sabido converter em oração, porque o tereis começado e concluído na presença de Deus Pai, de Deus Filho e de Deus Espírito Santo.

Mas não esqueçais que estamos também na presença dos homens, e que estes esperam de nós - de ti! - um testemunho cristão. Por isso temos que atuar de tal maneira nas ocupações profissionais, nas coisas humanas, que não possamos sentir vergonha se nos vê trabalhar quem nos conhece e nos ama, nem lhe demos motivos para ruborizar-se. Se vos conduzis de acordo com este espírito que procuro ensinar-vos, não fareis corar os que em vós confiam nem vos afluirá o sangue ao rosto. E também não vos acontecerá o que aconteceu com aquele homem da parábola que se propôs edificar uma torre: Depois de ter lançado os alicerces e não podendo concluí-la, todos os que o viam começavam a zombar dele dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde terminar. Assevero-vos que, se não perderdes o “ponto de mira” sobrenatural, coroareis a vossa tarefa, acabareis a vossa catedral, até colocardes a última pedra.

Referências da Sagrada Escritura
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