Lista de pontos
O matrimônio é para os soldados e não para o estado-maior de Cristo. - Ao passo que comer é uma exigência de cada indivíduo, procriar é apenas uma exigência da espécie, podendo dela desinteressar-se as pessoas individualmente.
Ânsia de filhos…? Filhos, muitos filhos, e um rasto indelével de luz deixaremos, se sacrificarmos o egoísmo da carne.
Que empenho põem os homens nos seus assuntos terrenos!: sonhos de honras, ambição de riquezas, preocupações de sensualidade. - Eles e elas, ricos e pobres, velhos e homens feitos e moços e até crianças; todos a mesma coisa.
- Quando tu e eu pusermos o mesmo empenho nos assuntos da nossa alma, teremos uma fé viva e operante; e não haverá obstáculo que não vençamos nos nossos empreendimentos apostólicos.
Os acontecimentos públicos levaram-te a um encerramento voluntário, pior talvez, pelas suas circunstâncias, do que o encerramento numa prisão. - Sofreste um eclipse da tua personalidade. Não encontras ambiente; só egoísmo, curiosidade, incompreensões e murmuração.
- Está certo. E daí? Esqueces a tua vontade libérrima e o teu poder de “criança”? - A falta de folhas e de flores (de ação externa) não exclui a multiplicação e a atividade das raízes (vida interior).
Trabalha; há de mudar o rumo das coisas, e darás mais frutos do que antes, e mais saborosos.
Não ouviste dos lábios do Mestre a parábola da videira e dos ramos? - Consola-te. Ele exige muito de ti porque és ramo que dá fruto… E te poda, "ut fructum plus afferas" - para que dês mais fruto.
É claro!: dói esse cortar, esse arrancar. Mas, depois, que louçania nos frutos, que maturidade nas obras!
Semear. - Saiu o semeador… - Semeia a mãos cheias, alma de apóstolo. - O vento da graça arrastará a tua semente, se o sulco onde caiu não for digno… Semeia, e fica certo de que a semente vingará e dará o seu fruto.
“Uma boa notícia: mais um doido…, para o manicômio”. - E tudo é alvoroço na carta do “pescador”.
Que Deus encha de eficácia as tuas redes!
Galopar, galopar!… Fazer, fazer!… Febre, loucura de mexer-se… Maravilhosos edifícios materiais…
Espiritualmente: tábuas de caixote, percalinas, cartões pintalgados… galopar!, fazer! - E muita gente correndo; ir e vir.
É que trabalham com vistas àquele momento; “estão” sempre “em presente”. - Tu… hás de ver as coisas com olhos de eternidade, “tendo em presente” o final e o passado…
Quietude. - Paz. - Vida intensa dentro de ti. Sem galopar, sem a loucura de mudar de lugar, no posto que na vida te corresponde, como um poderoso gerador de eletricidade espiritual, a quantos não darás luz e energia!…, sem perderes o teu vigor e a tua luz.
No dia em que “sentires” bem o teu apostolado, esse apostolado será para ti uma couraça em que se embotarão todas as ciladas dos teus inimigos da terra e do inferno.
Procura viver de tal maneira que saibas privar-te voluntariamente da comodidade e bem-estar que acharias mal nos costumes de outro homem de Deus.
Olha que és o grão de trigo de que nos fala o Evangelho. - Se não te enterras e morres, não haverá fruto.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/book-subject/camino/28898/ (08/05/2024)