Lista de pontos
Reconheces-te miserável. E és. - Apesar de tudo - mais ainda, por isso -, Deus te procurou.
- Sempre emprega instrumentos desproporcionados: para que se veja que a “obra” é dEle.
- A ti, só te pede docilidade.
Por que deixas esses recantos em teu coração? - Enquanto não te deres tu de todo, é inútil que pretendas levar outro a Deus.
- Pobre instrumento és.
Sê instrumento: de ouro ou de aço, de platina ou de ferro…, grande ou pequeno, delicado ou tosco…
- Todos são úteis; cada um tem a sua missão própria. É como no mundo material: quem se atreverá a dizer que é menos útil o serrote do carpinteiro do que as pinças do cirurgião?
- Teu dever é ser instrumento.
Certo. E daí? - Não entendo como te podes retrair desse trabalho de almas (se não é por oculta soberba: julgas-te perfeito), só porque o fogo de Deus que te atraiu, além da luz e do calor que te entusiasmam, lança às vezes a fumaça da fraqueza dos instrumentos.
Trabalho… há. - Os instrumentos não podem estar enferrujados. - Normas há também para evitar o mofo e a ferrugem. - Basta pô-las em prática.
Bem podias repelir esses pensamentos de orgulho; afinal, és como o pincel nas mãos do artista. - E nada mais.
- Diz-me para que serve um pincel, se não deixa trabalhar o pintor.
Obedecei, como nas mãos do artista obedece um instrumento - que não se detém a considerar por que faz isto ou aquilo -, certos de que nunca vos mandarão coisa que não seja boa e para toda a glória de Deus.
Disseram-me que tens “graça”, “jeito”, para atrair almas ao teu caminho.
Agradece a Deus esse dom: ser instrumento para procurar instrumentos!
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/book-subject/camino/29770/ (02/05/2024)