Lista de pontos
Não te assustes nem desanimes ao descobrir que tens erros…, e que erros!
- Luta por arrancá-los. E, desde que lutes, convence-te de que é bom que sintas todas essas fraquezas, porque, de outro modo, serias um soberbo: e a soberba afasta de Deus.
Admira-te perante a bondade de Deus, porque Cristo quer viver em ti…, também quando percebes todo o peso da pobre miséria, desta pobre carne, desta vileza, deste pobre barro.
- Sim, também então, tem presente essa chamada de Deus: Jesus Cristo, que é Deus, que é Homem, entende-me e atende-me porque é meu Irmão e meu Amigo.
Vives contente, muito feliz, ainda que em algumas ocasiões notes a farpada da tristeza, e até apalpes quase habitualmente um sedimento real de pesadume.
- Essa alegria e essa aflição podem coexistir, cada uma no seu “homem”: aquela, no novo; a outra, no velho.
A humildade nasce como fruto de conhecermos a Deus e de nos conhecermos a nós mesmos.
Senhor, peço-te um presente: Amor…, um Amor que me deixe limpo. - E outro presente ainda: conhecimento próprio, para me encher de humildade.
São santos os que lutam até o fim da vida: os que sempre sabem levantar-se depois de cada tropeço, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança.
Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar com mais força o esteio da mão divina, são caminho de santidade: “Felix culpa!”* - bendita culpa!, canta a Igreja.
(*)Palavras da liturgia da Vigília pascal em que a Igreja, cantando o triunfo de Cristo ressuscitado, evoca o pecado dos nossos primeiros pais e exclama: “Õ feliz culpa que mereceu a graça de um tão grande Redentor!” (N. do T.).
Parece mentira que um homem como tu - que, segundo dizes, te sabes nada - se atreva a levantar obstáculos à graça de Deus.
Isso é o que fazes com a tua falsa humildade, com a tua “objetividade”, com o teu pessimismo.
A fé verdadeira revela-se pela humildade.
"Dicebat enim intra se" - dizia aquela pobre mulher dentro de si: "Si tetigero tantum vestimentum eius, salva ero" - basta-me tocar a orla das suas vestes, e ficarei curada.
- Que humildade a dela, fruto e sinal da sua fé!
Imita a Virgem Santa: só o reconhecimento cabal do nosso nada pode tornar-nos preciosos aos olhos do Criador.
Não alcançaremos nunca a autêntica alegria sobrenatural e humana, o “verdadeiro” bom humor, se não imitarmos “de verdade” Jesus; se não formos, como Ele, humildes.
És capaz de passar por essas humilhações, que te pede o próprio Deus, em coisas que não têm importância, que não obscurecem a verdade? - Não? Então não amas a virtude da humildade!
Documento impresso de https://escriva.org/pt-br/book-subject/forja/28540/ (05/05/2024)